Patrimônio Rio São Miguel

RIO SÃO MIGUEL

Antes da chegada dos portugueses em 1500 na nova terra, o rio São Miguel era conhecido de rio Senenby (calango verde) pelos índios caetés, que ocupavam a região de São Miguel Campos, e que dependia inteiramente do rio para extração de alimentos e rota fluvial. Em 1501, três caravelas, comandada por André Gonçalves Coelho e pilotada por Florentino Américo Vespúcio, saem de Portugal, no dia 10 de março, por ordem do rei Dom Manuel para uma missão de explorar economicamente a terra recém descoberta. E no dia 29 de setembro de 1501 avistam a lagoa do Roteiro e ao adentrarem se deparam com o primeiro rio descoberto por eles, segundo registro, e o batiza de rio São Miguel, por ser o dia do Arcanjo São Miguel, conforme o calendário litúrgico da Igreja Católica.

O rio São Miguel foi um fator predominante, que contribuiu de forma significativa para o desenvolvimento econômico e cultural de São Miguel dos Campos, servindo, até 1945, como principal rota fluvial de barcaças e canoas para o transporte de pessoas e mercadorias como açúcar, algodão e outros produtos produzidos na região de São Miguel e levados para Marechal com destino a Europa. E ainda como lazer, geração de energia e abastecimento de animais e plantas. Porem, no seu processo histórico o rio perdeu parte de sua flora e fauna, vindo a prejudicar parte de sua bacia hidrográfica, tornando inviável a navegação em alguns trechos.

A prefeitura de São Miguel dos Campos, sob administração do Prefeito George, tornou possível o rio navegável outra vez, montando uma estrutura de apoio e abrindo rotas navegais para o eco turismo, para valorizar a cultura e a historia do Rio e da cidade que leva o seu nome. O percurso selecionado revela a beleza natural do rio e seu sentido histórico e cultural, devolvendo aos turistas, pesquisadores e estudantes mais de 500 anos de historia. O rio São Miguel nasce no município de Tanque d’Arca e decorre as cidades de Maribondo, Anadia, Boca da Mata, São Miguel dos Campos, Barra de São Miguel, deságua na lagoa de Roteiro e se encontra com o oceano Atlântico.


Texto escrito por Ernande Bezerra de Moura