Patrimônio Casa da Cultura (sobrado da Baronesa)

A Casa da Cultura foi erguida inicialmente por
doações de voluntários e idealizadores que se sensibilizaram pela necessidade
de salvaguarda do patrimônio de São Miguel dos Campos. Assim, nos anos 80, o vice-governador
José Medeiros, o Secretário Estadual de Educação e Cultura, Profº Dr. Douglas Apratto,
o prefeito Wellington Torres e a vereadora da época, Drª. Marly Ribeiro e o
pintor Fernando Lopes, contribuiram significativamente para aprovação do
requerimento tornaria criada a Casa da Cultura no dia 04 de fevereiro de 1984.
Porém, anteriormente a sua criação, o prédio que se vale do seu passado imponente, consagrado como “Sobrado da Baronesa”, por poucas intervenções quase se tornava mais uma demonstração de descaso com a história local e suas relíquias, resultando a demolição, já que por longo tempo foi um local resolutivo para desabrigados.
Ao longo de suas quatro décadas, a Casa da
Cultura permeou por diversas mudanças que possibilitaram o exercício de suas
atividades a cada gestão que passava, com inclusão de cursos, apresentações
teatrais, recitais, saraus, exposições, entre outros aspectos culturais que
movimentou o cenário artístico da época.
Salve-se dizer sobre a importância de reconhecimento de construção e regaste da memória do povo miguelense, que só foi possível por meio do olhar sensível e preciso de quem ama sua terra e sua história, como Fernando Lopes, Milton Moura, Luciano Barbosa, além dos seus gestores como Vânia Alves de Sá (1984-1988 / 1993-1996), Claudio Embuzeiro (1989-1992), Gladys Bezerra (1997-2008), Josse Leah (2012/2014), Leonel Cavalcante (2017-2020), Glayton Oliveira (2021-2024) e André Vieira que atou como diretor e secretário nas ultimas gestões (2009-2011 / 2015 – 2016 / 2021-2024), este ultimo que notabilizou e efervesceu a cultura e as artes de São Miguel dos Campos.
A Casa foi
imprescindível quanto a formar a população em segmentos que foram além da arte,
ofertando cursos que traziam valorização pessoal, bem-estar, contribuindo para
o aumento de profissionais e contribuindo no ingresso para o mercado de
trabalho.
Inicialmente,
eram promovidos formações em modelagem em argila para produção de peças de
cerâmica sob orientação do Mestre Artesão Miguel Ramos, curso de datilografia –
equipamento antecessor do computador – oficina de bordado e ensino de desenho
artístico que muitas vezes os alunos puderam desfrutar dos ensinamentos do
pintor Fernando Lopes que em suas visitas a Casa da Cultura, contribuía com
seus exacerbados conhecimentos fornecendo técnicas e práticas para os alunos.
Com a chegada dos computadores, na transição da década de 90 para os anos 2000, foi incrementado o curso de informática que segue até a atualidade como um dos mais requisitados pela população, sendo centenas jovens e adultos formados ao ano por meio da Secretaria Municipal de Cultura.