Patrimônio Antiga Fábrica Vera Cruz
A Companhia Miguelense de Fiação e Tecelagem foi criada em 1925, por um grupo de acionistas, que tinha como presidente Miguel César Teixeira, numa propriedade conhecida como Sítio Vera Cruz, município de São Miguel dos Campos/AL.
Naquela época, alguns dos acionistas venderam suas ações para Antônio Leocádio da Rocha e Silva, médico de grande projeção no Rio de Janeiro, que tinha acabado de chegar ao município. O empreendedor era dono da Fazenda Escuro, que ficava localizada na extremidade da Fazenda Coité.
Depois ter comprado as demais ações, Leocádio negociou a indústria têxtil para um grupo de empreendedores de origem portuguesa formado por, Antônio Nogueira Júnior, Carlos da Silva Nogueira, José da Silva Nogueira e Aloísio da Silva Nogueira, gestores da firma João Nogueira & Cia.Ltda.,quando passou a contar com a denominação Fábrica de Fiação e Tecidos Vera Cruz.
José da Silva Nogueira foi escolhido, pelos companheiros sócios, para assumir os destinos da fábrica, oferecendo, durante muito tempo, grande contribuição para o desenvolvimento econômico do município de São Miguel dos Campos. Na sua gestão, criou a vila operária para os empregados da fábrica, onde não era cobrado aluguel, deu total liberdade para a criação do Sindicato de Fiação e Tecelagem, órgão destinado a defender os direitos e deveres da classe operária. Nesta fase, a Fábrica Vera Cruz produzia fustão, brim, morim, bramante, toalhas e outros produtos derivados do algodão.
Uma empresa de grande tradição no segmento têxtil de Alagoas, construída inicialmente sob a forma de " sociedade por quotas de responsabilidade limitadas ", girava em 30.09.1961 ainda com a razão social João Nogueira & Cia.Ltda., com contrato social atualizado arguivado na Junta Comercial em 09.10.1961, sob o comando do industrial João da Silva Nogueira Neto. Posteriormente, sofre transformação na sua forma jurídica, passando para sociedade anônima de capital fechado, recebendo a razão social Catonifício João Nogueira S.A. - Fábrica Vera Cruz, permanecendo João da Silva Nogueira Neto como diretor-presidente até o encerramento de suas atividades. Isto aconteceu nos anos dois mil, quando a fábrica fechou as suas portas.