Poesias de Miguelenses

VIDA E ORIGEM DO RIO SÃO MIGUEL

Por de trás de um lindo formato de pedras,

Existe um lagoeiro escondido;

Que de suas fendas rachadas

Mingua-se um riacho bonito.

Que corre escoteiro no seu leito,

Parecendo uma obra de arte;

Até denominou e deu nome

Ao município de Tanque D’arca.

No meio dos caminhos, ele encontra

Os seus pequenos afluentes

Que nas suas margens penetram

E o transforma num rio gigante.

Passa na fazenda Mata Verde,

Nos flocos de um grande capinzal

Levando consigo a saudade

Deste campo de beleza natural.

Segue rápido pelos escorços,

Não pára, também não espera;

Passa ao lado da Tapera

Deixando para trás um abraço.

Atravessa toda Anadia,

Por dentro de Manimbu

Chegando com alegria!

Nas terras de Sinimbu.

Ali, ele se torna mais importante,

A sua dimensão é mais completa;

Dando o parecer de ser mais profundo

A profundidade íntima do seu curso.

Pela cachoeira viaja calmamente,

Passando na extremidade dos Góes;

É lá que ele mostra para nós

O seu retido aquário de peixes.

Na rota do acervo, ele avista,

A mais formosa igreja do passado;

É lá que existe um túnel perfurado

Onde ele passa mais leve do que uma pauta.

No meio dos canaviais, ele aponta,

Transportando várias baronesas;

Já São Miguel, acolhe a beleza

De suas águas límpidas que encantam.

Na volta da tacha ele guarda,

Um tesouro completo de diamante;

Que no eixo do redemoinho da morte

Ele esconde bem no fundo para nós.

Mas além, se despede e vai embora,

Ao encontro do município do Roteiro;

Porém quando chega à lagoa!

Desencanta totalmente por inteiro.


Poesia de Ernande Bezerra de Moura