Poesias de Miguelenses

RIOS DE LÁGRIMAS

Não foi sonho. Sei que sonhei!

Até lhe posso confessar,

Porque vi com os próprios olhos

A crise desse lugar.

Presenciei a céu aberto,

Um teatro de incerteza

Onde as crianças encenavam

Uma das peças da pobreza,

Onde elas retratavam

Os seus rios de tristeza.

Logo depois avistei,

Um grupo de favelados

Um cego desesperado

Um mendigo deitado ao chão,

Um doido sem solução

E mais triste foi quando vi

Um rico jogando um pão!


Poesia de Ernande Bezerra de Moura