Poesias de Miguelenses
O OUTRO LADO DA SOCIEDADE
Ó pai, que vida desse povo,
Que sofrem calados as dores que o dominam,
Veem passar diante de seus olhos
O dia, à noite, ah! Que sina!
Perambulando nas ruas da cidade,
Caminhando aflitos sem direção,
Com a garganta seca, sem umidade
E um ronco na barriga, por falta de um pão.
Muitos chegam a pedir auxílios,
Pois já não suportam mais a vida,
Outros procuram esquecer as dores
Através de um gole de bebida.
Ah!Meu Deus, que vida de agonia!
Que sentimentos provocaram esta sina
Que mal fizeram esta gente,
Para viverem nas calçadas das esquinas.
Poesia de Ernande Bezerra de Moura