Deste que partiste para o infinito,

Que a saudade tomou conta do meu leito;
Nada de concreto mais eu vejo
Para sanar as dores do meu peito.

Ainda na parede o teu retrato,
Prostrado de frente para o meu quarto;
Indicando-me que você esta ali
Refletindo-me viva numa foto.

O vazio é que me faz doer,
O retrato não é nada, sem você;
De que vale tua imagem pendurada
Se eu não posso mais te ver.

Depois que partiste realmente,
Jamais noutra mulher encontrei felicidade;
Por mais que eu tente te esquecer, a saudade!
Me faz lembrar você na minha frente.

Poesia de Ernande Bezerra de Moura