Poesias de Miguelenses

A VIDA É ASSIM

Quando o corpo vai embora,

Também vai uma esperança;

Apenas o nome é que fica

Escrito na lembrança.

Isso se ele for querido!

Pelos amigos lá na praça.

É o destino de todos

Um dia a morte vem buscar,

Não importa a posição

Que ele ocupe no lugar;

Seja pobre ou doutor

A morte há de levar.

Feliz daquele que tem,

Popularidade na cidade;

Seu nome fica arquivado

No livro da eternidade,

Duvido alguém esquecer!

O dia da sua saudade.

Quando o indivíduo não tem nada

Sua partida não passa de uma curiosidade.

Apenas naquela hora

É que se tem por ele amizade;

E quando o corpo vai embora,

Morre a sua identidade.


Poesia de Ernande Bezerra de Moura