Poesias de Miguelenses

A taieira da Nair da Bertina

A Taieira aqui nasceu,
Neste solo esverdeado;
E hoje faz parte da história
Do meu município amado.
Surgiu da inteligência,
Dessa grande folclorista;
Que herdou do seu avô
O dom de ser artista.
Pelas ruas da cidade,
Ela mostrava o seu talento;
Em toda esquina se ouvia
O eco do seu grito.
Era a maior animação,
Quando Nair se aproximava;
E o grupo todo cantava
Em rima de devoção.
Lá se vai Mestra Bertina,
Com seu grupo enfeitado;
Vestidos de roupas de chitas
E com lenços iluminados.
Também vai a caterine,
Com mãe criola nos braços;
Acompanhado da rainha
E do rei apaixonado.
E não esquecendo o mateu,
Com as suas emboladas;
Levando muitas alegrias
Para nossas criançadas.
Essa nossa tradição,
É a dança mais divina;
É obra é inspiração!
Da grande Mestra Bertina.
Poesia de Ernande Bezerra de Moura