LENDAS

A lenda do Padre sem cabeça

"A LENDA DO PADRE SEM CABEÇA"
Antigamente se via no Beco do Quebra Negro a visão de um Padre sem cabeça. Muita gente tinha medo de passar naquela localidade.
Um certo dia! Um grupo de policiai comandado pelo Coronel Floriano delegado do município de São Miguel. Fez uma tocaia para pegar o tal Padre sem cabeça.
Meia noite em ponto! A dita assombração vinha caminhando calmamente e o coronel e sua equipe de trabalho conseguiram pegar o tal padre sem cabeça. E todos eles tiveram uma grande surpresa. Porque? O padre era um simples cidadão. Vestido num enorme capote. Onde a aba do capote cobria por inteiro a sua cabeça. Onde de longe! Parecia uma visão de um padre sem cabeça. Principalmente no escuro.
Depois do fato consumado. Ficamos sabendo que o nobre cidadão vestia o capote para não ser reconhecido pelos amigos. Pois o mesmo tinha um caso amoroso com uma mulher casada. E todos os dias! À meia noite. Ele ia pegar a sua cara metade que largava do serviço naquele horário. A mesma era funcionária da Fábrica Vera Cruz.
Este fato aconteceu na década de sessenta. Na proximidade onde é hoje! O Mercado Público Municipal. Nesta época! O terreno aonde foi edificado o mercado havia um enorme plantio de cana de açúcar. De propriedade do Sr. Mário Soares Palmeira.
No lugar onde aconteceu o fato não havia energia. O local era muito esquisito. A delegacia funcionava no prédio da antiga residência dos barões de São Miguel, atual Casa da Cultura. O local dava acesso a Rua da Bica e a Fábrica de Tecidos Vera Cruz. Havia também no local um passa disco de arame. Onde as pessoas passavam por dentro. Chamado de "Beco do Quebra Negro".
O local recebeu este nome. Pelo fato dele ser um lugar de assassinato. Quando matava uma pessoa lá! A notícia rolava pela cidade. Quebraram mais um negro.
Os funcionários da fábrica gostavam muito de passar por esta localidade. Pois o acesso era mais perto de chegar até a indústria. De dia! O ambiente era normal. O perigo era mais a noite.
É bom ressaltar! Que este caso foi um fato verídico. Que virou uma lenda popular.
* Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura*