LENDAS

A lenda da princesa do furado

"A LENDA DA PRINCESA DO FURADO."
Diz a tradição que na conquista holandesa. Os flamengos como era conhecidos os holandeses. Se apoderaram do Engenho Santo Antonio do Furado em 1630. E fez da capela do engenho o seu refúgio.
Quando os flamengos foram derrotados pela tropa portuguesa. Eles não puderam conduzir um grande tesouro que teria sido enterrado na gruta de pedra calcária ali existente. Apelidado por eles. Como Buraco do Furado. Foi da ir! Que surgiu o nome do engenho.
Na entrada da gruta havia uma pequena sala. Cujo teto tinha o formato de um sino. Que desapareceu com a extração da pedra para o fabrico do cal. Após esta sala. A gruta se tornava mais estreita. Segundo afirmação dos trabalhadores que ali estiveram. Relatam que mais adiante passa uma nascente que vai sair à beira do Rio São Miguel.
Perto da gruta. Há um antigo paredão de alvenaria. Talvez neste local havia uma represa. Até hoje não se sabe para que foi alevantado. E entre os paredões há uma entrada para a gruta. Bem ao lado da grita existe uma pedra na superfície da terra com diversos riscos. Parecendo sinais cabalísticos.
Dizem que ali tem uma passagem secreta subterrânea que vai dá de encontro ao tesouro. Os sinais hieróglifos são indicadores dessa passagem.
Outra coisa interessante é a capela do engenho. Antigamente o dono da propriedade que residia perto da gruta não podia dormir. Porque! Da hora do Ângelus em diante. Se ouvia ruídos vindo do fundo da gruta. Rufar de tambores, cornetas e ordens de Pádua.
Conforme reza a história. O dono da propriedade teve um sonho. Se ele construísse uma capela com à frente voltada para gruta. Acabava as assombrações. A capela foi construída e o fato foi consumado. Contam também. Que em noites de luar. Viajantes que por ali passavam rumo à cidade. Depararam com uma linda moça loira. Sentada em cima da pedra da entrada da gruta. Ela costumava fazer encomendas de fitas, linhas, agulhas e outras bugigangas. Não sendo encontrada na volta para a entrega das encomendas.
* Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura.