Visconde de Sinimbu, um Miguelense que contribuiu para o fim da escravatura no Brasil
Desde de criança que João Lins tinha um comportamento diferenciado. Sua mãe, Ana Lins ficava abismada com a inteligência do filho. Seu desejo era de estudar na Europa.
Durante sua permaneça no engenho Sinimbu, ele sempre esteve presente nas batalhas ao lado da mãe. Isto aconteceu na Revolução Pernambucana em 1817, com sete anos de idade e na Confederação do Equador em 1824, com a pena, quatorze anos de idade.
João Lins nunca negou a mãe de um dia lutar em prol da libertação dos escravos. Por sinal, João sempre estava brincando com os filhos dos escravos no pátio da casa.
Quando João Lins completou vinte anos de idade, viajou para Europa para aperfeiçoar seus estudos. E quando retornou ao Brasil, tornou-se amigo de Dom Pedro II.
João Lins ocupou diversos cargos no império. Ele também foi presidente das providências: de Alagoas, Sergipe, Bahia e Rio Grande do Sul.
Ao chegar na corte enquadrou-se no movimento de abolicionistas do Brasil, ao lado de outros intelectuais da época como por exemplo: Joaquim Nabuco, José do Patrocínio e André Rebouças.
É uma pena, que os brasileiros, principalmente os historiadores escreveram poucas coisas sobre a vida e a intelectualidade dele. João Lins era um homem culto e que muito contribuiu para o crescimento e o desenvolvimento do Brasil-Império.
Em 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, onde todos os escravos a partir dessa data, estavam libertos. Neste mesmo período, João Lins foi homenageado pela Princesa Isabel. O ilustre miguelense foi condecorado com o título de "Visconde de Sinimbu", pelos relevantes serviços prestados à pátria. Onde passou a ser chamado de "João Lins Vieira Cansanção de Sinimbu".
João Lins é o único estadista brasileiro com dois títulos no Brasil-Império. O de Visconde e o de Barão.
É uma honra muito grande para Alagoas e para a cidade de São Miguel dos Campos.
Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura