Um breve histórico do engenho varrela da cidade de São Miguel dos Campos - Alagoas.
O engenho Varrela foi alavancado quando o povoado de São Miguel passou à condição de vila, em 10 de julho de 1832. O engenho pertencia a Ana Maria José Lins.
O complexo industrial do engenho era formado pelos seguintes equipamentos: A moenda, a casa das caldeiras e das fornalhas, a casa de purgar, a casa grande, a senzala, a igreja e o cemitério.
O lugar onde ele foi edificado era bastante aconchegante, fértil e o solo bem produtivo. Às terras do engenho Varrela, ficava logo acima do engenho Sinimbu.
Antes de falecer, Ana Lins dividiu os bens para os filhos. O engenho Varrela passou a pertencer à Francisco Frederico da Rocha Vieira. Francisco Frederico, era o filho mais velho do segundo casamento de Ana Lins. Além do engenho Varrela, ele também herdou o engenho Sinimbu.
Com a morte de Francisco Frederico o engenho passou a ser administrado pelo seu filho Epaminondas da Rocha Vieira, o "Barāo de São Miguel".
Anos depois, o engenho foi vendido para o Coronel Aristides da Rocha Cavalcanti. O mesmo era casado com Antônia Arnalda Bezerra da Rocha. Antônia Arnalda era filha de Ana Lins com Lourenço Bezerra da Rocha.
Com a morte de Aristides da Rocha Cavalcanti, o engenho passou a pertencer a sua filha, Maria da Rocha Cavalcanti e posteriormente para o Coronel Pedro da Rocha Cavalcante, filho de Maria da Rocha Cavalcanti. Pedro da Rocha Cavalcanti era pai das irmãs Rochas.
Quando Pedro da Rocha Cavalcanti foi morar na capital, ele negociou o engenho para o industrial Abelardo Lopes, proprietário da Companhia de Fiação e Tecidos São Miguel. E este, consequentemente vendeu para à usina Caeté.
O engenho Varrela foi transformado numa fazenda. Ainda hoje, existe algumas ferramentas que faziam parte do complexo industrial do antigo engenho. Como a casa grande e o antigo cemitério.
Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura