História de São Miguel dos Campos

Um breve histórico da Casa da Cultura da cidade São Miguel dos Campos - Alagoas

Este lindo solar foi residência dos barões de São Miguel, Epaminondas da Rocha Vieira e Antônia Leopoldina da Rocha Vieira. O prédio foi construído em 1827.
Epaminondas era filho de Francisco Frederico da Rocha Vieira e de Maria Accioly e neto de Ana Maria José Lins.
O pai participou da Revolução Pernambucana em 1817 e da Confederação do Equador em 1824, ao lado de Manuel Vieira Dantas, de Ana Lins e do seu irmão Manuel Duarte Ferreira Ferro, o "Barão de Jequiá".
Já Antônia Leopoldina era natural da cidade de Anadia, filha de Manuel de Morais Bastos e de Antônia Leopoldina Augusta da Rocha Bastos.
A mãe, Antônia Leopoldina Augusta da Rocha Cavalcanti era filha de Antônia Arnalda da Rocha Cavalcanti, filha de Ana Lins. Neste caso, Antônia Leopoldina da Rocha Vieira era bisneta de Ana Lins.
Na história de Alagoas há duas versões, a primeira versão diz que Epaminondas da Rocha Vieira foi contemplado com o título de Barão de São Miguel com grandeza, no dia 18 de dezembro de 1870, concedido pelo rei de Portugal, Dom. Luis, em atenção ao valioso danativo que fez a um estabelecimento de caridade na cidade de Setúbal - Portugal.
O título foi outorgado pelo Imperador Dom. Pedro II, na sua passagem por Alagoas. Essa informação está publicada no livro, "Fatos, Personagens, História de São Miguel dos Campos" de Maria Acioly Cavalcanti e "História de São Miguel dos Campos", de Guiomar Alcides de Castro.
A segunda versão confirma que o barão foi outorgado com o título de Barão sem grandeza, concedido pelo rei de Portugal, Dom. Luis, em 18 de dezembro de 1878. Essa informação está postada no site: www.historiadealagoas.com.br
Segundo os pesquisadores, a segunda informação é a mais correta.
Apesar da mudança, Epaminondas da Rocha Vieira não perderá o título nobiliárquico, ele continuará na historiografia de Alagoas como Barão de São Miguel.
O barão faleceu em 20 de julho de 1897 e a baronesa em 27 de maio de 1914. Ambos, estão sepultados no cemitério de Nossa Senhora da Consolação, na cidade de São Miguel dos Campos.
Com a morte da baronesa, o sobrado foi batizado na história de Alagoas, como: " O Sobrado ou Palacete da Baronesa". Ano depois, o sobrado passou a pertencer ao estado.
Já funcionaram no local, as seguintes ferramentas a Prefeitura Municipal, a Recebedoria Estadual, o Tribunal de Júri e a Cadeia Pública.
E no dia 04 de fevereiro de 1984, o sobrado da baronesa foi transformado em Casa da Cultura, na gestão do prefeito Wellington Torres, do Governador Divaldo Suruagy e do Secretário de Educação e Cultura do Estado de Alagoas, Professor e Historiador, Douglas Apratto Tenório.
O sobrado da baronesa foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Alagoas, pelo decreto estadual de número: 8.531 de 20 de outubro de 2010. Em sua dependência funciona o Museu Histórico e Cultural Fernando Lopes. Além de Fernando Lopes, também outras personalidades foram homenageados pela casa. Como Maria José Castela, Marly Ribeiro, João de Medeiros Apratto, José Barbosa de Moura, Roberto Lopes, Nair da Rocha Vieira, Maria Cândida Palmeira, Fernando Santos e Miguel Ramos.
A Casa da Cultura fica localizada na Rua Visconde de Sinimbu, número 60, no centro da cidade de São Miguel dos Campos - Alagoas

Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura