História de São Miguel dos Campos

PREFEITOS ELEITOS NO MUNIC DE SÃO MIGUEL DOS CAMPOS, APÓS A REDEMOCRATIZAÇÃO DO PAÍS ( QUINTA PARTE )

QUINTA PARTE

O nono prefeito a comandar o destino do município foi o empresário Wellington Apratto Torres que teve como vice o empreendedor José Rinaldo Gameleira.
Neste tempo, o país ainda vivia sob o domínio da ditadura militar, mas o presidente da época General Ernesto Geisel fazia um governo menos rigoroso e que iniciou a abertura política que levou a nação alguns anos depois, a democracia. Mesmo assim, em 1977, houve momento de tensão, quando o presidente mandou fechar o Congresso Nacional, buscando a reforma política e a reforma judiciária, fato que aconteceu no dia 14 de abril, com a Emenda Constitucional de número oito, que reabriu o congresso. Divido a essa emenda, os mandatos de prefeitos passaram a ter seis anos de duração.
De acordo com a emenda constitucional o mandato de prefeito passou de quatro anos para seis anos. Neste caso, o prefeito Wellington Torres administrou o município de 1983 a 1988.
Quando o Prefeito Wellington Torres assumiu a prefeitura, ele teve do seu lado um grande aliado, seu pai, o inesquecível Deputado Estadual Diney Soares Torres, figura de uma qualidade exemplar, uma dos maiores lideranças da política Alagoana. Não é atoa, que ele foi eleito como deputado estadual em dois mandatos consecutivos. E para a felicidade da cidade e dos miguelenses, o mandato de Diney Soares Torres foi durante a administração do filho, de 1983 a 1987 e de 1987 a 1991. O primeiro mandato foi na gestão do Governador Divaldo Suruagy e o segundo, na gestão do Governador José de Medeiros Tavares.
No desenrolar da sua gestão, Diney Soares Torres consegue trazer verba federal para o município. Com o recurso nas mãos, o prefeito Wellington Torres começou a realizar diversas obras em prol do desenvolvimento e crescimento da cidade. E no decorrer da sua gestão, o Prefeito Wellington Torres constrói na cidade cinco obras, que irão ficar imortalizada para sempre no contexto histórico e cultural do município. Como diz o ditado popular, obras para cem anos. Às obras foram as seguintes: A Prefeitura Municipal, o Ginásio de Esporte José de Medeiros Apratto, o Mercado Público, o Matadouro Municipal e a reconstrução da Praça Padre Júlio de Albuquerque. Além dessas obras, o prefeito também construiu o Colégio Esther Soares Torres e beneficiou a população com a construção de diversos logradouros por todo município, tanto na cidade alta como na cidade baixa.
Fizeram parte da sua administração os seguintes vereadores: Cláudio Cavalcante Pessoa (Presidente), Marly Ribeiro Aprígio, Adilson Francisco Duarte, Benedito Severino Filho, José Correia Pinto Irmão (Moacir do Ouro), José Eudes de Carvalho, José Honório da Silva, José Martins Filho e Luiz Gonzaga da Silva.
É bom ressaltar que nesta gestão aconteceu um fato lamentável, foi a morte do vereador José de Aquino, o mesmo foi vítima de um trágico acidente automobilístico. além dele, também morreram outras pessoas, entre os mortos, estava o ator e diretor de teatro Cícero Roberto.
Com a morte do vereador José de Aquino, quem assume o seu lugar é o suplente de vereador, José Correia Pinto Irmão, conhecido também pelo pseudônimo de Moacir do Ouro. Além dele, também foi empossado o vereador Cláudio de Souza Moura.
O décimo prefeito eleito pelo povo foi o empresário Francisco Hélio Jatobá que teve como vice o médico, Dr. Cícero Jorge. Francisco Hélio Jatobá administrou o município de 1989 a 1992.
O Prefeito Francisco Hélio Jatobá foi um dos responsáveis para o desenvolvimento sócio cultural do município, foi na sua gestão que a cidade ganhou prestígio nacional, tornando-se uma das mais badaladas cidades do Brasil, divido as festas que foram realizadas no decorrer do seu governo. Exemplo disso, foi a festa da cana - FESCANA, evento que atraiu diversas pessoas de outras localidades como também investidores para o município. A cidade transformou-se numa grande feira, com exposição de máquinas Agrícolas, ferramentas para o homem do campo e matérias primas direcionadas ao crescimento da cana, onde foi armado de frente ao Banco do Brasil um palco gigantesco para acomodar os artistas contratados para abrilhantar o evento, entre eles: Alcione e Roberto Ribeiro. Mas, o evento que mais chamou atenção e ficou marcado no calendário do município foi as comemorações das festas juninas, Santo Antônio, São João e São Pedro, as mesmas eram realizadas na quadra do Ginásio de Esporte José de Medeiros Apratto, com a presença de cantores da região nordestina como também cantores de renome nacional. Podemos destacar como exemplo: Zezé de Camargo e Luciano, Beto Barbosa, Cláudio Rios e tantos outros. É bom ressaltar, que para entrada no ginásio, tinha que paga uma taxa. Também havia fora do ginásio um palhoção com um palco armado para apresentação dos cantores de forró e dos trios pé de serra. Até hoje, Francisco Hélio Jatobá é lembrando pelo povo miguelense, principalmente pela música gravada por Cláudio Rios, intitulada de "Em Alagoas, São João é São Miguel". Por sinal essa música tornou-se o hino de abertura das festas juninas da cidade como também foi oficializada como tema oficial das festas juninas. Inclusive foi publicado e registrado nos livros de histórias. Nenhum prefeito poderá mudar a descrição do tema, ele continuará para sempre no contexto histórico e cultural do município, como: Em Alagoas, São João é São Miguel.
A principal obra realizada por Francisco Hélio Jatobá, foi a construção do Centro Social Urbano - CSU e a fundação do Clube dos Canavieiros.
Foram eleitos neste pleito os seguintes vereadores: Roberto Jucá (Presidente), Jackson Soares Torres, Aleúdo Dias, Antônio Domingo dos Santos, Carlos Henrique Almeida Alves, Geraldo Gomes da Silva, Gilvan Correia da Silva, José Décio Jatobá, José Silvestre Moreira da Silva e Osman Bezerra do Nascimento.
Obs: Este mandato teve a duração de quatro anos.

Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura