Sempre havia nos parques industriais um time de futebol para movimentar os domingos dos funcionários das fábricas têxteis de Alagoas.

E a cidade de São Miguel dos Campos não era diferente das outras cidades.

Na década de cinquenta foi fundado no município, um time de futebol, pelo proprietário da Companhia de Fiação e Tecidos São Miguel, conhecida também como Fábrica Sebastião Ferreira.
Sebastião Ferreira era um lavrador de cana, que foi torturado e castigado pelos holandeses em 1630, foi daí que surgiu o nome popular da fábrica.

O Sport Club Fabril era a maior sensação da década de sessenta do futebol miguelense.O rival número um do Sport Clube Vinte Nove, principal time da cidade, administrado por um grupo de empresário de São Miguel dos Campos.

O Spot Clube Fabril era mantido pelo industrial e proprietário da referida fábrica, Abelardo Lopes.

Os jogadores contratados para fazerem parte do elenco, além de jogarem no time, também trabalhavam na indústria.

Muitos deles se destacaram para o futebol alagoano como também para o futebol nacional, dentre eles: Valdomiro, que foi para a Portuguesa de Desporto de São Paulo. Mário Catenga que foi para o Fluminense do Rio de Janeiro e Corino, campeão alagoano pelo Clube Sportivo Capelense, em 1959 e 1962, atuou também na Seleção Alagoana em 1962, quando o Campeanato Brasileiro era desputado entre seleções estaduais.

Além desses, no clube havia um goleiro de destaque, Ara (Adalberto João de Lima), que sofreu um acidente de trabalho na referida fábrica e teve que amputar uma das mãos.

Este nobre cidadão foi eleito vereador em três legislaturas, por São Miguel dos Campos, (1961 a 1964), (1973 a 1976) e (1977 a 1982).

Texto escrito por Ernande Bezerra de Moura