A história do engenho conceição da cidade de São Miguel dos Campos - Alagoas.
A HISTÓRIA DO ENGENHO CONCEIÇÃO DA CIDADE DE SÃO MIGUEL DOS CAMPOS - ALAGOAS.
O engenho Conceição foi edificado na proximidade do rio São Miguel, quando o povoado do mesmo nome do rio, passou a condição de vila, em 10 de julho de 1832. O engenho pertencia ao Coronel Elías de Almeida.
Às terras do engenho era bastante fértil e apropriada para o plantio da cana de açúcar.
Fazia parte do complexo industrial do engenho, a casa grande, a moenda, a casa das caldeiras e das fornalhas, a casa de purgar e a senzala. A moenda era movida por tração de animal ou a força humana dos próprios escravizados.
As canas eram colhidas no canavial e transportadas por carro de bois, até o pátio do engenho, depois eram levadas para a moenda, local em que era produzido o caldo de cana. após esse processo o produto era levado para as caldeiras e, em seguida para as fornalhas. Quando o melaço estava pronto era colocado em formas e transportado para casa de purgar. Depois de ensacado e encaixado o pão de açúcar ou açúcar mascavo era transportado de barcaças pelo rio São Miguel para o porto do Francês e de lá, o açúcar ia de navio para o comércio europeu.
Havia na proximidade do engenho um açude, que servia para alimentar os equipamentos do engenho como também para suprir as necessidades dos moradores daquele recito industrial.
O Engenho Conceição sempre foi destaque na produção açucareira, assim como foi o engenho Sinimbu, o engenho Varrela, o engenho Prata e o engenho Novo Sinimbu. Ele também contribuiu bastante para o crescimento e o desenvolvimento do comércio local como também para a criação da Companhia de Melhoramento do Vale do Rio São Miguel, atual usina Caeté.
Com o falecimento do Coronel Elías de Almeida, o engenho passou a pertencer aos filhos do coronel.
Quando chegou a modernização, os proprietários dos engenhos não tinham condições de manter seus estabelecimentos industriais. Muitos deles foram extintos, inclusive o engenho Conceição. O que restou do seu conjunto foi a casa grande, que até pouco tempo, funcionava como um restaurante.
infelizmente, os antigos engenhos foram transformados
em fazendas. A fazenda Conceição era administrada pelo fazendeiro Elías Frotas de Almeida, neto do Coronel Elías de Almeida.
Com o falecimento do fazendeiro Elías Frotas, seu filho Rodrigo Frotas de Almeida assumiu a patente da fazenda.
Anos depois, Rodrigo foi morar com a família na capital e alugou às terras da fazenda para a usina Caeté.
Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura