O cinema Ideal foi construído em 1920, no terreno por trás da Igreja de Nossa Senhora do Ó. O cinema foi edificado pela firma Apratto e Medeiros CIA, de propriedade do próprio dono do cinema, o italiano Salvador Apratto.
O prédio tinha uma característica de uma obra italiana, com detalhes em estilo barroco, amplo e bem aconchegante. O salão do cinema continha duas filas de cadeiras de madeira e no fundo um palco com uma tela.
O ideal era o ponto de encontro da sociedade e dos jovens da cidade. O cinema era administrado pelo filho do proprietário o Sr. João de Medeiros Apratto.
Na época, ainda não existia energia elétrica no município o cinema era alimentado por um gerador de propriedade da referida empresa. Os filmes era exibido na tela por um operador de máquina. Neste tempo, não havia filme colorido. Os filmes era preto e branco e não tinha áudio.
O Cinema Ideal ficava localizado próximo ao obelisco Marechal Floriano Peixoto, Hoje Praça do Centenário.
O palco do cinema também era cedido para os artistas da terra, para apresentações de peças de teatro e eventos culturais.
Nos tempos de carnavais, o salão do cinema era direcionado para o proprietário da Fábrica de Tecidos Vera Cruz, o Sr. João Nogueira Neto, especificamente para os foliões e os operários da indústria. Também neste local funcionava uma escola primária, intitulada de "Escola São Geraldo" que tinha como educadora a professora Maria Rosa.
Infelizmente, não sei precisar a data exalta da sua extinção, pois não encontrei nenhum documento escrito na cidade. Acredito que ele tenha fechado, logo após a construção do cinema Cine - Fox.
Com o passar dos anos, o prédio do antigo cinema estava completamente abandonado e quase destruído, foi quando a família resolveu vender. O prédio foi vendido para o empresário Diney Soares Torres. Que logo após a compra, o demoliu.
Anos depois, o terreno onde por muito tempo funcionou o antigo cinema Ideal, foi vendido para o Sr. Doge da Caçamba, que construiu no local a sua residência. Hoje a casa pertence ao pastor Jorge Gomes.

Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura