A história da praça Padre Júlio de Albuquerque da cidade de São Miguel dos Campos - Al
Quando o Grupo Escolar Visconde de Sinimbu foi inaugurado em 1937, pelo Governador do Estado de Alagoas Osman Loureiro e pelo Prefeito - Intendente do município José Calazans de Medeiros, a praça ainda não existia, apenas havia um calçadão num formato quadrangular que dividia as duas vias, lado direito e lado esquerdo, o calçadão foi feito na inauguração da escola pelo Prefeito José Calazans de Medeiros, ele também plantou diversos pés de goitis, na área livre do calçadão.
Nesta época não existia energia elétrica, a cidade era alimentada por geradores ou óleo de momanas. A energia só chegou à cidade de São Miguel dos Campos no governo de Moacir Cavalcante, em 1964.
O Grupo Escolar Visconde de Sinimbu foi a primeira escola estadual a ser implantada no município.
Reza a história, que a praça foi construída na gestão do Prefeito Moacir Cavalcante de Albuquerque Pessoa, que administrou o município de 1961 a 1964, a praça foi batizada de " Cristo Rei ".
Cristo Rei é um título de Jesus baseado em várias passagens bíblicas e, em geral, usada por todos os cristãos.
Ela foi alavancada dentro da área livre do calçadão, de frente para a Igreja de Nossa Senhora do Ó, num formato quadrangular com alguns bancos de alvenarias, implantados sobre o calçadão e nos pontos principais da praça foram instalados diversos postes com luminárias global, o bom foi, que o Prefeito Moacir Cavalcante preservou os pés de goitís como ornamentação.
Na mesma época, o prefeito concluiu o calçamento ao redor da praça, até o final da Rua da Ponte.
Na gestão do Prefeito Humberto Maia Alves ( 1965 a 1968 ), a praça ganhou uma nova roupagem, foram colocados cerâmicas nos bancos como também foi feito um novo calçadão e no centro da praça foi erguido uma base com o busto do Padre Júlio de Albuquerque, além de um parque de diversão para a criançada.
A partir dessa data, a praça passou a ser chamada de " Praça Padre Júlio de Albuquerque ".
Padre Júlio Ferreira de Albuquerque nasceu na cidade de Maceió, no dia 26 de setembro de 1878, assim que chegou à São Miguel dos Campos, ele inaugurou a torre do lado esquerdo da Igreja de Nossa Senhora do Ó, fato que aconteceu em 1921.
O renomado padre faleceu no dia 03 de setembro de 1963, na cidade de Maceió.
A praça passou a ser o ponto central das atividades festivas do município, principalmente nas comemorações alusivas ao descobrimento do Rio São Miguel e da Emancipação Política da Cidade, onde são realizados os hasteamentos das bandeiras e a excursão dos hinos, Nacional e Municipal.
Antigamente, estas comemorações eram realizadas na Praça Miguel César Teixeira, também conhecida como Praça do Relógio.
Nos idos dos anos setenta, a praça estava completamente destruída, não havia mais o porque de diversão, o espaço foi ocupado por jovens da cidade para realização de partida de futebol.
A sua maior reforma aconteceu na gestão do Prefeito Wellington Torres que administrou o município, de 1983 a 1988.
Na época, o Deputado Estadual Diney Soares Torres deu uma bela de uma a ajuda ao filho, pois o mesmo conseguiu trazer para o município, recursos federais para construção de cinco obras, entre alas, a Praça Padre Júlio de Albuquerque.
Assim que chegou o recurso federal, o Prefeito Wellington Torres demoliu a antiga praça, e tão logo, iníciou a construção da nova praça.
A praça ganhou uma nova estrutura, foi feito um grande aterro, para que ela ficasse em alto relevo e também para dar mais visibilidade a cidade.
O busto do Padre Júlio de Albuquerque foi posto em cima de uma base, contendo em cada lado, o nome das obras literárias do padre, pois o mesmo era escritor.
Também na praça foi construída uma fonte luminosa, que é o carro chefe das atenções dos visitantes.
A praça foi ornamentada com diversas árvores e palmeiras e os canteiros com gramas e flores.
Outra coisa que chama atenção e o cenário da escadaria no final da praça, se olhamos em vista aérea, ela tem o formato de uma cruz, também existe na praça duas entradas laterais.
A noite a praça se torna num lindo espetáculo iluminado, é o mais bonito e quando a fonte está em atividade.
Seus bancos são de alvenarias e o piso de lajotas de cimento.
A Praça Padre Júlio de Albuquerque hoje é uma das relíquias da cidade e é consederada um dos cartões postais do município.
Ela também é conhecida pelo pseudônimo de " Praça da Matriz " por está localizada de frente para a Matriz de Nossa Senhora do Ó.
A Praça Padre Júlio de Albuquerque foi reinaugurada, no dia 18 de dezembro de 1987.
Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura