História de São Miguel dos Campos

A HISTÓRIA DA PRAÇA DO CENTENÁRIO DA CIDADE DE SÃO MIGUEL DOS CAMPOS - AL

No lado esquerdo e direito do obelisco, estão escritos os seguintes dizeres: No lado direito " Independência ou Morte ", 07 de setembro de 1822 e no lado esquerdo " Primeiro Centenário da Independência do Brazil " ( 1822 – 1922 ).
Diante dessas informações, cheguei a conclusão que o obelisco foi edificado no dia 07 de setembro de 1922, em homenagem ao cem anos da " Independência do Brasil ", na época dos " Prefeitos Intendentes " ou seja, prefeitos indicados pelos governadores.
Infelizmente, não existe nenhum registro, do nome do Prefeito, nem na Câmara de Vereadores e nem nos arquivos da Prefeitura Municipal de São Miguel dos Campos.
Reza a história que o obelisco recebeu o nome do Vice – Presidente da República, depois Presidente, Marechal Floriano Peixoto.
Na proximidade do obelisco havia um cinema, intitulado de "Cinema Ideal", pertencente a família Apratto de Medeiros e diversos casarões, entre eles, da família Machado e da família Lopes, além de diversas residências de pessoas tradicionais da cidade.
O obelisco é um monumento arquitetônico comemorativo, num formato quadrangular, alongado e sútil, com quatro lados, criado durante o antigo Egito para homenagear pessoas, fatos e datas importantes. Ele é também considerado como sinônimo de proteção e defesa ao povo do lugar.
Floriano Vieira Peixoto, era Militar e Estadista Alagoano. Nasceu na Vila de Ipioca, na cidade de Maceió em 1839 e faleceu em 1895. Ocupou o cargo de Presidente do Brasil, ( 1891 a 1894 ) e foi o responsável pela consolidação do regime republicano, recebendo o título de " Marechal de Ferro ".
Na gestão do Prefeito Moacir Cavalcante (1961 a 1964), o restante da área do obelisco foi aproveitada e nela foi construída uma praça com bancos de alvenarias, com piso de mosaicos e ornamentada com diversas espécies de árvores como também postes com luminárias. O obelisco ficou sendo o ponto central da praça.
Ela foi inaugurada no dia 18 de junho de 1964, quando o município de São Miguel dos Campos completou cem anos de Emancipação Política ( 1864/1964 ), daí o nome de Praça do Centenário. Também neste mesmo período, foi instalado a energia elétrica por toda cidade.
No obelisco foi acrescentado as seguintes descrições. Na parte da frente, " O povo de São Miguel de Campos à emanicipalidade " e na parte de trás, " Mocidade lembrai-vos que, tudo deveis à pátria ".
Sua primeira reforma foi no governo do Prefeito Humberto Maia Alves (1965 a 1969 ), quando a praça ganhou um espaço de lazer, foram erguidos dois rela-relas, destinados à criançada.
No governo do Prefeito Wellington Torres (1984 a 1989), a praça foi completamente reformada, principalmente, no requisito de ornamentação, com plantação de novas árvores, piso de pedrisco, jardins e gramados.
A sua última reforma aconteceu na segunda administração do Prefeito Nivaldo Jatobá (2001 a 2004), no lugar dos rela-relas, foi construído um gigantesco arco com bancos e diversos painéis.
Em cada painel, havia um desenho simplificado, de um casarão antigo da cidade, desenhado pelo artista plástico, Fernando Santos.
Em 2020, no último mandato do Prefeito Pedro Ricardo Jatobá, houve uma pequena reforma, principalmente nos painéis, onde foi feito uma linha do tempo, contando a história do município.
Os desenhos foram feitos pelos pintores Willians Santos e Luciano Souza.
A praça, ainda não tem um apelido apropriado, às vezes as pessoas, o chamam de " Praça Por Trás da Igreja ".
Segundo os moradores antigos da cidade, em baixo do obelisco da praça, existe uma urna com vários objetos: documentos, jornais, revistas, poesias e moedas da época que foi enterrada por Zeca Plech e um grupo de intelectuais da cidade. Alguns afirmam que eles deixaram um documento escrito, falando de um presente para a cidade. Já outros alegam, que eles guardaram um baú com um grande tesouro.
Essa lenda continua até hoje na boca do povo, dizem os mais velhos, que essa relíquia só poderá ser retirada, em 2022, no aniversário de 100 anos do obelisco e dos 200 anos da Independência do Brasil.

Texto de Ernande Bezerra de Moura