A Escola Normal Ana Lins, depois Escola Estadual Ana Lins foi fundada na década de setenta pelo governador Antônio Simeão de Lamenha Filho, na época o prefeito do município de São Miguel dos Campos era o Sr. Júlio Soriano Bomfim.
O terreno onde está edificada a escola, era de propriedade do Sr. Alberto Leitão e que foi comprado pelo governador do estado para a construção da referida escola. Antes de ser escola, havia no terreno um sítio de frutas como também a casa de morada do antigo proprietário, além de um campo de futebol locado ao empresário Júlio Soriano Bomfim, onde neste espaço eram realizadas as partidas de futebol do 29 de Setembro, principal time de futebol do município, mais o menos em 1953.
A escola recebeu o nome de "Escola Normal Ana Lins", em homenagem a Ana Maria José Lins, mãe de Visconde de Sinimbu. Ana Lins foi a principal figura da Revolução Pernambucana em 1817 e da Confederação do Equador em 1824. No qual, ficou reconhecida na historiografia de Alagoas e do município como a "Heroína de Alagoas". Além de receber o título também de "Dama de Ferro". Ana Lins era dona do engenho Sinimbu, atual usina Caeté e dos engenhos: Varrela, Prata, Ilha (Novo Sinimbu), atual usina Cansanção de Sinimbu e Jequiá do Fogo.
A primeira diretora da escola, foi a competentíssima Professora Thereza Oliveira de Castro, mas conhecida pelo pseudônimo de dona Therezinha, esposa do Dr. José de Castro. Onde desempenhou um excelente papel na administração da escola. Outra pessoa que se destacou na escola, foi José Barbosa de Moura, pela sua competência de administrar e pela sua maneira de coordenar os alunos para as salas de aulas. Zé Barbosa era muito querido pelos alunos, pelos funcionários e pelos professores da instituição.
A Escola Normal Ana Lins foi a segunda entidade da rede estadual a se instalar no município, ela está localizada na Rua Senador Máximo, número 103, no centro da cidade. A primeira escola da rede estadual a ser alavancada no município, foi o Grupo Escolar Visconde de Sinimbu, em 1937.
A Escola Ana Lins oferecia para a comunidade o Ensino Científico do Primeiro e do Segundo Grau como também o Curso do Magistério. Quando os alunos concluíam o primário nas suas escolas de origem, eles tinham que fazer uma prova final, denominada de admissão, um tipo de vestibular, os alunos aprovados garantiam as vagas para estudarem na Escola Ana Lins, já os reprovados tinham que aguardar uma nova oportunidade.
Nos idos de setenta, o maior patrimônio da escola era a sua Banda Marcial comandada pelo instrutor Cícero Raimundo, e o mais bonito da história era que os componentes da banda eram todos oriundos da própria escola. Por sinal, essa banda foi campeã do Estado de Alagoas em duas oportunidades, no "Festival de Bandas Fanfarra do Estado de Alagoas", o desfile era realizado na pista olímpica do estádio rei Pelé.
Diversos professores passaram por esta instituição escolar. Irei citar o nome de alguns deles, sem desmerecer os demais: Professor Benito, Professor Zé Neto, Professor Iramilton Leite, Professor Joaquim, Professor Francisco Apratto, Professor Claudio Embuzeiro, Professor José Eudes, Professor José Wanderley, Professor João Monteiro, Professor Geraldo Gomes, Professor Zezito Araujo, Professora Marly Ribeiro, Professora Maria Onete, Professora Cléa, Professora Maria do Socorro Coelho, Professora Soledade, Professora Maria de Lourdes do Nascimento, Professora Talma Pacheco, Professora Marlene Sampaio, Professora Ditinha, Professora Genilda, Professora Ceiça Malheiros, Professora Ione César, Professora Eliete, etc.
Em 2002, na gestão do governador Ronaldo Lessa, a Escola Ana Lins ganhou uma nova roupagem e uma nova estrutura, foi completamente ampliada com novas salas e uma quadra esportiva como também diversos equipamentos, como mesas, cadeiras, quadros, livros e computadores. A escola foi reinaugurada na administração do prefeito Nivaldo Jatobá.
Anos depois, a quadra esportiva foi transformada num auditório para palestras e apresentações estudantis e culturais.
Nos dias de hoje, é oferecido para os alunos o Ensino Médio do Primeiro ao Nono Ano, no período matutino e vespertino e no período da noite o Ensino Educação para Jovens e Adultos - EJA.
Segundo dados fornecidos, a escola hoje consta com 26 salas de aulas, 1.102 alunos e 105 funcionários.

Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura