A herança de um povo e os folguedos populares.
Em Alagoas existe vinte e nove folguedos, que fazem parte do folclore alagoano.
De acordo com a historiografia de Alagoas, o "Guerreiro" é o mais executado no estado. Pois, ele representa Alagoas, no país e no exterior. Mas, aqui em Alagoas, existe três cidades que se destacam entre as demais cidades alagoanas, por terem os seus folguedos típicos. É o caso de São Miguel dos Campos, que é representado pela "Taieira da Nair da Bertina", que tem como mestra, Ana Paula (Patrimônio Vivo de Alagoas). A outra cidade, é a cidade de Quebrangulo, que tem como representatividade a dança da "Negra da Costa" e a terceira cidade, é a cidade de Coruripe com o folgado "Mané do Rosário". Todos essas manifestações folclóricas, são de origens africanas, ambas, foram trazidas pelos escravos, quando vierem para o Brasil. A originalidade dessas danças, só são encontradas nestas cidades citadas no texto. Séria de fundamental importância se cada gestores desses municípios, tombassem esses danças populares, como patrimônio histórico e cultural de cada município sede. como também, pelo governo do estado.
A cidade de São Miguel dos Campos carrega na bagagem, lendas imaginárias e fatos verídicos, que nos longos dos anos, foram transformados em metologias populares, contadas pelos nossos antepassados e que ainda hoje, são passadas de gerações para gerações, através das pessoas mais antigas da cidade. Como por exemplo: "A Lenda do Menino do Caju, a Lenda do Melão, a Lenda do Padre sem Cabeça, a Lenda do Fogo Corredor, a Lenda da Ponte Velha do Rio São Miguel, a Lenda da Volta da Tacha e a Lenda da Princesa do Furado. Todas essas lendas, estão postadas e editadas no site: www.portalescritores.com.br, no livro São Miguel dos Campos - Fatos Históricos de Minha Terra de Ernande Bezerra de Moura e no livro São Miguel dos Campos " de Guiomar Alcides de Castro. Também havia na cidade, várias personagens folclóricas que deixaram seus nomes gravados até hoje, na memória do povo miguelense. Essas pessoas reuniam-se na porta da Paróquia de Nossa Senhora do Ó ou na Praça Padre Júlio de Albuquerque para ouvirem anedotas e histórias de trancoso contadas pelos senhores, José Inácio Vieira, Adalberto João de Lima (Ara) e José Minas da Rua da Bica. Além dessas personagens, havia também no município, aquelas pessoas engraçadas que faziam resenhas para as pessoas rirem, era o caso do Sr. Aluísio Barbeiro, de Antônio Sapato, de Zé Eliáis, de Miguel Boca Cheia, de Petrucio do Dedé, de Mané Bode, de Javali, de Megão, de Pedro Bananinha e da dupla de humorista Zé Nenê e Zé Bilia.
Também no município havia outras manifestações folclóricas, que infelizmente foram extintas por falta de recursos e de apoios dos gestores municipais. Foi o caso do Guerreiro Treme Terra do mestre Sebastianzinho; do Guerreiro Vencedor Alagoano do mestre Cecílio; do Quilombo e do Toré da mestra Nair da Bertina; da Baiana do mestre João da Baiana; da Baiana dos Homens do Osmar da Bateria; do Cocô de Ronda, da Dança Portuguesa e da Baiana dos Homens do Geraldo do barrio de Fátima e do Pastoril de Dione Anacleto.
Ainda existe na cidade, o grupo de capoeira Muzenza do Professor Careca, além dele, existe outros capoeirista, como Marcos Sapata, Carneiro e Agamenon Lima.
O artesanato é representado por Betânia Castela, Josy Leah, Severina, Oresta, Socorro, Luciano Barbosa e Roniekson Okobayewo. Na literatura de cordel, podemos destacar os poetas: José Visgueiro, Manuel Clarindo, Vicente Minervino, Francisca Alves e Rouxinol do Norte (in memória). Já o humor é representado pelo Palhaço Bebezão. Também fazem parte do folclore miguelense, as festidades religiosas e culturais, como a festa de Nossa Senhora do Ó e a procissão de São Sebastião, o Carnaval, as Festas Juninas, a Caminhada dos Vagueiros, a tradicional Feira da Ponte e a Banda de Pífano Os Caetés.
Como todo mundo sabe, São Miguel dos Campos sempre foi um celeiro de artistas.
Texto Escrito Por Ernande Bezerra de Moura